Dúvidas Frequentes

15/02/2014 11:03

Sempre existem inúmeras dúvidas quando se trata de maçonaria: quer seja por sua discrição, por falta de conhecimento, da ignorância e até de ferrenhos adversários que não satisfeitos em não gostar, ainda tentam deturpar nossa Ordem com todo o tipo de calúnia e ficção. Assim em breves respostas, levamos ao nosso internauta algumas das perguntas e dúvidas mais freqüentes que encontramos:

A Maçonaria é uma Religião?

Não. A Maçonaria não é uma religião. As pessoas que a tratam como tal estão profundamente enganados. A Maçonaria encoraja seus membros a praticar uma religião estabelecida, ainda que isso não seja uma exigência para se associar (mas exige-se que o candidato professe uma crença num Ser Supremo).
A Maçonaria é uma organização fraternal que estimula a moralidade, a caridade e estudos filosóficos. Não possui clero, sacramentos, e não promete salvação a seus membros.

Para ser Maçom é necessário renunciar sua Religião?

Não. Porque a Maçonaria abriga em seu ventre homens de qualquer religião, desde que acreditem em somente um só Criador. A afirmação de que seria necessário renunciar sua religião para ser recebido Maçom foi feita no período da Inquisição e difundida por ignorância traz resquícios até hoje. A presença de religiosos na maçonaria sempre foi marcante. No Brasil: Padre Rolim, cônego Luís Vieira, padre João Ribeiro, Padre Feijó, o Frade Carmelita Arruda Câmara, o Bispo Azeredo Coutinho, arcebispo da Sé Manuel Joaquim Gonçalves, Cônego Cunha Barboza, Padre Manoel Inácio de Carvalho, Frei Jose de Santa Rita Durão, Padre Jose Pereira Tinoco, Cônego Juliano Faria Lotário e o Padre Fabiano Camargo. Aqui mencionamos apenas os líderes católicos, mas a lista de anglicanos, rabinos judeus, presbiterianos, batistas, budistas e líderes espíritas é enorme.

Maçonaria é uma Sociedade Secreta?

Não. Sua existência é amplamente conhecida de todos.As autoridades de vários países lhe concedem personalidade jurídica. Seus fins são amplamente difundidos em livros, dicionários e livros de história. O único segredo que existe e se conhece senão por meio de ingresso em nossa Ordem, são os meios usados pelos Maçons para se reconhecerem entre si, em qualquer parte do mundo e o modo de interpretar seus símbolos. Essa própria homepage responde a essa pergunta.

O que é um Templo Maçônico e os termos como: Templo; Venerável?

Um conservatório musical pode ser chamado de Templo da Música. Um museu pode ser chamado de Templo das Belas Artes. Isso não significa que sejam instituições religiosas, e o mesmo se aplica a Maçonaria. O Templo Maçônico é onde se reúnem os maçons periodicamente para praticar as cerimônias ritualísticas que lhe são permitidas, em um ambiente fraternal e propício para concentrar suas atenções e esforços para melhorar seu caráter, e espírito, desenvolvendo seu sentimento de responsabilidade. A palavra Venerável remonta do século XVIII, quando a Maçonaria estava sendo organizada na forma como hoje a conhecemos. O termo também nada tem a ver com o sentido religioso, sendo apenas um antigo sinônimo de "honorável", ou de "respeitável".

O que a Maçonaria combate? e quanto às alegações de que seja pagã ou satânica?

A Maçonaria combate a supertição, o fanatismo, o orgulho, a intemperança, o vício, a discórdia, a dominação e os privilégios. Com isso recebe alegações infundadas na interpretação de seus símbolos, como por exemplo, na letra G que dizem ser um substituto para um símbolo fálico, quando G representa GOD ou o Criador ou Grande Arquiteto do Universo ou Grande Geômetra, sendo usada pelos maçons que falam outros idiomas, principalmente os de línguas anglo-saxônicas. Ou quando acusam nossa estrela de cinco pontas, símbolo das grandes 05 ciências, e se estiver ao contrário ser o pentagrama do demo.

Já vi um Ritual em um folhetim ou em feiras de antiguidades, não é estranho?

Não. Lembre-se que falamos que os Maçons somente prometem não revelar a maneira de se autoreconhecerem. Se alguém abandonou a Ordem, quebrou sua promessa com seus amigos, para com os que lhe são próximos e para com o Grande Geômetra, será que realmente podemos confiar que tal pessoa que editou um folhetim ou vendeu seu Ritual é digna de confiança. A Maçonaria deve ser vivenciada para ser compreendida. Manuais e ritos existem muitos, a simples leitura não confere as lições dos graus, mesmo para aqueles dentre nós que possuam os originais. A Maçonaria é um modo de vida de aprendizado e autoconhecimento que envolve muito mais que a leitura de rituais ou aumento de graus. A essência da Maçonaria não é algo que possa se revelar somente por escrito.

É um insulto um Maçom chamar um não Maçom de profano?

Não. A palavra profano deriva de duas palavras latinas: "pro" significando "antes de" e "fanum" significando "templo". O emprego antigo de profano tinha um sentido mais literal de "do lado de fora do templo". Nos usos mais recentes, datados bem depois que a linguagem da Maçonaria se firmou, o "profano" era muito freqüentemente associado ao termo "linguagem" para indicar o modo de falar que não deveria ser empregado no interior de um Templo ou de outros recintos maçônicos. Gradualmente, esta se tornou a aplicação mais comum de profano e no pensamento popular, tornou-se o único significado. Profano passou a ser sinônimo de praga, xingamento e blasfêmia, de tudo aquilo agora chamado "linguagem profana". 
Mas, quando um Maçom se refere a "profanos" ou ao "mundo profano" ele se refere àqueles que não foram Iniciados na Maçonaria e por isso devem manter-se "do lado do templo". Nada, além disso, nenhuma outra intenção insultuosa, apenas uma palavra antiga e de tradição.

Afinal o que é exigido, e o que se ganha sendo Maçom?

Exige-se inicialmente o que exige qualquer outra instituição: respeito aos seus estatutos e regulamentos, contribuição para sua manutenção, além de acatar as resoluções tomadas de acordo com os princípios que as regem. Em particular se exige a guarda do sigilo dos nossos rituais, conduta correta e digna fora e dentro dos templos, dedicar parte de seu tempo para assistir as reuniões maçônicas, a prática da moral, da igualdade e da solidariedade humana e da justiça em toda sua plenitude. 
Com isso o Maçom acaba ganhando a possibilidade de aperfeiçoar-se, instruir-se, disciplinar-se, e de conviver com outras pessoas que por suas ações constituem-se de exemplos, de encontrar afetos fraternais em qualquer lugar do mundo. A Maçonaria não tem preconceitos de poderes, nem admite em seu interior pessoas que não tenham o mínimo de cultura que lhes permitam praticar os seus sentimentos e tenham uma profissão ou renda com que possam atender às necessidades dos seus familiares, e fazer face às despesas da sociedade e socorro aos necessitados.

Texto Original no site do Grande Oriente Paulista